A Liga


As ligas acadêmicas constituem uma realidade presente na maioria das instituições de ensino superior do país. Seus objetivos, no que tange uma liga que versa sobre cirurgia geral, incluem: enriquecimento da formação acadêmica, difusão de educação continuada, promoção de aulas, estudos dirigidos, discussões de casos clínicos, simpósios, treinamentos, seminários, simulados e desenvolvimento de trabalhos científicos. Salienta-se o caráter eminentemente educador, artifício para o processo de ensino-aprendizagem. Sua gestão é composta por uma diretoria, dividida nos seguintes cargos: presidente, vice-presidente, diretor de comunicação, diretor financeiro, diretor de área, diretor de pesquisa/extensão e secretário. Discentes ocupam tais cargos, sob orientação de docentes qualificados. Anualmente, ocorre um processo seletivo composto por uma prova e análise curricular, nas quais são pontuadas atividades de monitoria, extensão, plantões extracurriculares e atividades de iniciação científica. Tal processo seletivo se dá após a realização de um curso de cirurgia geral aberto à toda a comunidade médica. Por ordem de classificação são selecionados 20 discentes que irão compor a grade de membros. As atividades da liga são divididas em três áreas e incluem atividades teóricas (seminários sobre temas de cirurgia geral) e práticas (em ambulatório/enfermaria e no centro cirúrgico), a saber: a) área de ambulatório/enfermaria: objetiva o treinamento da semiótica e semiotécnica do paciente cirúrgico, atentando para os principais sinais e sintomas das patologias cirúrgicas, além da discussão de aspectos pré e pós-operatórios. Para participar das atividades desta área o discente deverá estar cursando no mínimo o quinto período e no máximo o sexto período da graduação. São oferecidas 10 vagas para membros. b) área centro cirúrgico: objetiva o conhecimento da emergência cirúrgica, de princípios de pré-operatório, ato operatório e pós-operatório, além do auxílio à procedimentos cirúrgicos. Para participar desta área o discente deverá estar cursando o sétimo período no mínimo e no máximo o décimo-segundo período de graduação. São oferecidas 10 vagas para membros. c) área de pesquisa/extensão: objetiva o estímulo à pesquisa e às atividades de extensão. Funciona de modo paralelo às outras áreas. As atividades são desenvolvidas no espaço físico da própria universidade e em instituições conveniadas. Os encontros teóricos são semanais, abertos à todos os estudantes de medicina da universidade e duram 60 minutos, nos quais são discutidos temas de relevância cirúrgica. As atividades práticas são organizadas em forma de plantão de 12 horas, de forma que cada membro participe de duas atividades práticas por mês. A organização dos encontros fica a cargo do diretor de área. Para o funcionamento correto da liga, há um estatuto com normas, direitos e deveres dos membros. Além disto, antes do início das atividades anuais e ao término das mesmas, ocorre uma assembléia geral com todos os membros, diretores e orientadores docentes para avaliar o desempenho da liga e sugerir mudanças. Cada diretoria discente pode ocupar o cargo por 1 ano e após o término do mesmo são convocadas eleições, podendo se candidatar qualquer membro discente. A eleição se dá por voto direto e secreto. O enriquecimento teórico-prático contribui para a formação de um médico generalista muito mais capacitado e atuante frente às patologias cirúrgicas. É importante salientar que uma liga acadêmica não objetiva uma super-especialização precoce. Constitui, na verdade, um espaço para aprofundamento e debate, sempre com enfoque na formação generalista do médico. Seu funcionamento está centrado no tripé: ensino, pesquisa e extensão. O reconhecimento da comunidade acadêmica garante legitimidade e incentiva este movimento organizado por discentes. Sem dúvida, os frutos das ligas acadêmicas se traduzirão na formação de médicos capacitados que irão interferir positivamente na saúde da população.

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